Perfume e Desejo

domingo, fevereiro 27, 2011


Seu perfume me atiça
É um desejo proibido
Já não quero o que tenho
É gana de sempre mais
Juro que tento, mas não contento
Quero buscar o que me faça
Não querer voltar pra trás
Um abraço de amizade, um olhar
Uma palavra de carinha
Um perfume de amor
Quero o que é novo
Perder-me em meio o povo
Enfim... te ver e me encontrar
Não escolho sol nem chuva
Só o brilho do seu olhar
Uma mistura que não vejo
Seu perfume e meu desejo.





Chuva e Mar

quarta-feira, fevereiro 23, 2011


Chuva e vento
São ondas de chuva
Mar adentra
O vento leva a chuva
A chuva lava a alma
A chuva leva água
Água lava tudo
Lava a casa
Lava a calçada
Chuva lava o rosto
A água molha tudo
Água não tem gosto
Vento leva onda
Vai e volta onda
Calmo mar na chuva
Onda, pedra e chão
Pensamento vaga
Chuva, onda, pedra e mar
O vento limpa o céu
Num minuto a chuva vai
A onda vem e agora o sol sai
Meio tímido enfrentando o mundo
Chuva, água, vento, ar
Terra, pedra, sol e mar
Chuva sempre água em mente
Rega algo, vai germinar, brotar, crescer
Se tudo é terra então sou pó
Pedra e terra a onda leva
Não estou mais sozinho
Nem tudo é como antes


Refém do presente

domingo, fevereiro 20, 2011


Já não quero mais brincar de casinha
Acho que estou velho para acreditar em fantasia
Não quero me amarrar a tristeza e dividir com ela meus dias
Fingindo ser eu mesmo para te deixar feliz
Assim me suicido a passos de tartarugas
Não há nada de certo, nada real
Exceto suas mentiras
Estou de olhos vendados e braços atados
Deixando o rio me levar
Abrindo mão de lutar
Acreditando que pode ser bom
Querendo a fuga da própria vida
Esperando um grande final
Acorrentado, perdido, sem saída
Sonhando com o que não posso ter
Fugindo tentando esquecer
Do tempo que já passou
Um amor insistente que marcou
Querendo sentir algo assim
Mas antes... um momento pra mim.

Mar de lençóis

quinta-feira, fevereiro 17, 2011


Na sua ausência
Tudo parece maior
Um pequeno barulho
Grande alarde
Na falta de sua voz
Uma brisa me encontra
Mas não traz o seu cheiro
Não traz sua voz
Minha solidão é notável
E sua ausência o que há de maior
Me resta agora sonhar
Com nossos bons momentos
E te procurar
Nesse meu mar de lençóis







Infância

domingo, fevereiro 13, 2011




Um "desassossego'' de pé no chão
Alguns amigos e meu irmão
Brincando junto, tudo é tranqüilo
Caindo a chuva, correndo ao varal
Nem causa espanto, tão natural
Mamãe na varanda fica parada
Correr na lama, roupa molhada
Cheiro de terra, grama cortada
Lembranças fáceis, dia de calor
Frutas no pé, isso é sabor!
A chuva vai, fica a lembrança
Voltam as roupas no varal
Minha infância, outra tarde especial

Rua vazia

quinta-feira, fevereiro 10, 2011


Noite estranha, tão calma
Ouço rodas no asfalto
Uma musica bem longe
De repente um desafino que logo passa.
Parece que muitos estão em casa
Enquanto a vida não espera
Uma rua sem movimento
Noite fria, sozinha e sem vento
A preguiça logo me tenta
Meus olhos atentos se distraem um momento
Logo penso em meu ninho
Não há solidão, mas estou sozinho
Uma, duas, três...
As horas passam em um mês
Os gatos vagabundos, conversas a toa
Pensamentos vagos
Numa rua vazia e sem movimento

Artificial

quinta-feira, fevereiro 03, 2011


Onde esta a inteligência?
Vivemos no mundo das aparências
“Abra bem a boca e engula tudo...”
Nem nos jornais se vê conteúdo
Somos egoístas e sem compaixão
Vivendo em cidades chorando solidão
Muitos se afundam em qualquer bueiro
Tendo qualquer ‘Droga’ como escudeiro
Amigos invisíveis, ‘Tenho celular’
Amor de verdade, onde procurar?
“Só mais um copo não vai me matar.”
Como se soubesse quando tudo vai acabar
Seguindo meu Ego eu não vou cair
Eu quero o mais caro para me exibir
Essa é nossa vida, tudo tão banal
Mais um fim de ano, outro carnaval






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Quem sou eu

Estou a me procurar sempre, todo dia quando acordo, toda noite enquanto durmo. Como um canceriano sonhador, me procuro em tudo a minha volta. O beijo não dado, o silêncio no canto da sala Por isso me procuro, tentando ser eu mesmo. Sem me importar com julgamentos alheios Homem de humor fleumático Menino que sabe o que quer Sou feito de pele, carne e osso Um amante do que é novo Sobrevivente dos amores platônicos Sou dono do meu nariz Sei que estou aprendendo muita coisa, nada tem acontecido em vão. Sou uma pessoa que precisa ser forte e cada dia mais Preciso de amigos... Minha família é minha base Só não preciso provar nada pra ninguém Continuo crescendo, aprendendo, me fortalecendo... Todos os dias quando acordo...