É mar, é chão, meu sustento
Você na areia reina firme
Um castelo de cartas não lidas
Cartas escritas de coisas não ditas
Nesse silencio tudo leio
Meu corpo pede, puro anseio.
Em um suspiro, me alivio
Eu mato a sede
Abraçar você, deitar na rede
É mar, é sal no chão
São braços, pernas, as suas mãos
Em cor, em carne é tudo vida
Tempo e espaço, não tem saída
Sigo no cego, sem rumo certo
É bom sentir seu corpo perto
Um segredo revelado, meu intimo
Em sentimento, nossos instintos
É boca, é pele, é tato...
Sob as estrelas, nos revelamos de fato.